Luis de Camões não é um monumento, mas um poeta. Ou o poeta. A partir dessa premissa, o autor d’Os Lusíadas, muitas vezes transformado em bandeira pelas instituições portuguesas, teve a honra de ser devidamente lido e estudado por inúmeros poetas. Os dois maiores: Fernando Pessoa e Jorge de Sena. Por vieses que tanto interessaram ao primeiro e ao segundo, a astrologia e a erudição, respectivamente, Luis Maffei estuda Camões por dentro, derrubando Babéis e inovando a sua língua que é a de Camões, de Pessoa, de Sena, de todos os poetas, de todos os falantes de português, como o próprio autor destes signos. Brasileiro, leitor-poeta, como foi também, por exemplo, Carlos Drummond de Andrade. Qual o signo (zodiacal) de Camões? Não se sabe. O que não impede Maffei de buscá-lo como a palavra, dentro e fora da poesia.