Agosto de 1954. O suicídio de Getúlio Vargas causa comoção geral no Brasil, apesar das críticas crescentes ao então presidente e da crise política reinante. O jornalista Custódio de Paiva Lima, prestes a se aposentar, decide aproveitar licença-prêmio de três meses do emprego no governo para redigir suas memórias. O getulista Custódio é um grande conhecedor da vida do senador gaúcho Pinheiro Machado (1851-1915), o 'mandarim da República', e se entrega à tarefa de desvendar o misterioso assassinato do político, idolatrado por Getúlio. Com ares machadianos e humor incomparável, o jornalista reconstitui a política brasileira do início do século XX - na qual o onipresente Pinheiro Machado deixou sua marca indelével, para bem ou para mal. Por trás do narrador está Sinval Medina, que mescla ficção e realidade neste saboroso romance histórico, 'A faca e o mandarim'. Na voz de Custódio, Sinval Medina apresenta uma obra que prima pela excelência literária e desvenda os caminhos (reais ou imaginários) trilhados pela República Velha.