Este é o estudo de caso de uma área-problema — o Nordeste. Foco intermitente de tensões políticas e sociais, o problema Nordeste transcende o âmbito regional. Preocupa sucessivos governos, que o consideram ameaça à unidade e segurança do País. Adquire, finalmente, dimensões internacionais, comparável ao Mezzogiorno italiano, em termos de subdesenvolvimento. Amélia Cohn analisa as manifestações da crise regional nordestina, tendo por pano de fundo a expansão econômica do Brasil contemporâneo. Assinala o desequilíbrio em relação ao eixo hegemônico Centro-Sul. Estuda, com abundância de dados, fatos político-sociais relevantes, como a derrota da oligarquia dos coronéis na eleição de 58, o papel do DNOCS. Essa crise político-social requer diagnóstico e tratamento, nas áreas de decisão nacional. É aí que a Autora explica o surgimento, significado e papel de uma autarquia bastante original — a SUDENE.