Antes mesmo de completar quinze anos, Julie já havia passado por todo o calvário que marca a vida dos dependentes de drogas pesadas. Saindo de casa aos treze anos, morando em Paris junto com outros jovens, ela logo se viu envolvida em todo o tipo de atividades ilícitas, e mesmo cruéis: prostituição, tráfico, aliciamento de menores. Em “Confissões de uma drogada de 15 anos”, ela mesma narra o processo pelo qual as sensações de liberdade e prazer degeneram em aflição e desespero. Mais que isso, a consciência da sua degradação física e psíquica lançava-a cada vez mais fundo no abismo da solidão e do vício. Somente através da compreensão e do amor que seu médico e a avó lhe dedicaram, ela pôde recuperar a auto-estima e o amor à vida, sentindo-se afinal digna de ser feliz. Este relato comovente e verdadeiro, evoca os vários aspectos de um problema sério e atual, fazendo-nos enxergar o drama e o estigma do vício pelos olhos de quem os viveu.