O corpo feminino é freqüentemente associado ao grotesco. Medusa, mulher barbada, vênus hotentote, vampira, ou, mais recentemente, as mulheres dos movimentos feministas, queimadoras de sutiãs, sempre inspiraram artistas performáticos, visuais e cineastas contemporâneos, que viram suas possibilidades muito ampliadas com as modalidades físicas artificiais propostas pelo pós modernismo, com sua noção de criaturas limítrofes.Em "O grotesco feminino", Mary Russo explica as razões pelas quais o feminismo ficou bem comportado, politicamente correto, comum. Nada mais há de insólito em suas ações. Além disso mostra como a relação entre o simbolismo e o cultural construiu a feminilidade e a condição da mulher, contra-atacando e comprovando que as experiências de novas mulheres, identificadas variadamente e sujeitas a múltiplas determinações, podem criar uma nova subjetividade social.