A palavra gender ganhou um novo sentido no final dos anos 1960. No âmbito da militância feminista, ela servia para trazer à tona as discriminações feitas às mulheres na sociedade, em particular devido aos papéis sociais impostos a elas. Em seguida, houve uma ampliação da utilização do termo, a partir da militância LGBT, não só para denunciar as discriminações contra essas pessoas, mas também, em certos estudos de gênero, para questionar radicalmente o significado da distinção entre homem e mulher e o que é denunciado como heterossexualidade obrigatória. Os debates sobre o casamento para todos e as aulas das ciências sobre a vida nas escolas se concentraram na chamada teoria do gênero. Em geral, a Igreja Católica se mostra muito crítica a qualquer uso desse termo. O que pensar? A partir dessa perspectiva e de suas derivações, como fazer um enfoque crítico pertinente? Essas e outras questões são tratadas neste livro. Ignace Berten, dominicano belga, é teólogo e autor de vários livros, entre eles: La nouvelle Europe (Fidélité, 2005), Croire en un Dieu trinitaire (Fidélité, 2008), Enterrée, la doctrine sociale? (com A. Buekens e L. Martinez, Lumen Vitae, 2009) e Les divorcés remariés peuvent-ils communier? (Lessius, 2017).