"Inclusão/emancipação" e "Educação de Jovens e Adultos" são os eixos que aglutinam os textos que o segundo tomo da coletânea Freire na Agenda da Educação apresenta. Ambos dialogam forte com o oprimido, aquele que foi contemplado com uma pedagogia, associada a um conceito de educação, nos escritos e na prática do educador brasileiro. Pedagogia do Oprimido! Sujeitos reais, indivíduos e classe, que experimentam, na História, relações de poder que os impedem de consolidar sua vocação ontológica de ser mais. Sujeitos reais aos quais os tempos históricos imprimem condicionamentos que, de alguma forma, os silenciam e, para saírem do silêncio e assumirem a potência da palavra precisam lidar com e fazer seu o ideal da libertação humana. Carecem ser práxis, palavração. Com "os outros" pronunciarem o mundo. O Freire apresentado neste volume é aquele que se faz mestre vivendo a dialética das mãos abertas e punhos cerrados! As primeiras receptivas, dispostas a acolher o oprimido a quem se dedica, mediante uma pedagogia também aberta, dialógica, esperançosa que faz educandos-que-educam-enquanto-se-educam. Pedagogia que reconhece, e eleva enquanto acrescenta; expressão da solidariedade que o diálogo encarna e do qual se alimenta; da reciprocidade que possibilita o confronto de uns com os outros e de cada um com a incompletude que é própria do humano, como insistiu Freire. Pedagogia que vira as costas aos preconceitos e se locupleta com a diversidade que é fonte de criação do inusitado.