O ponto de partida é o universo da memória e de como nos relacionamos com a passagem do tempo, e as impressões deixadas pela infância. Como mote inicial, ao entrar no teatro o público encontra em cena Juvenal, 40 anos. Ele aguarda a chegada de uma amiga de infância, Pita, que ele não vê há quase 30 anos. Mas ela está atrasada. Enquanto aguarda, Juvenal faz um inventário de lembranças e de um objeto que marcou sua infância: o seu velocípede. A bordo dele, Juvenal viveu as maiores aventuras, ao lado da grande parceira, amiga e confidente Pita. O aguardado reencontro com ela estrutura o espetáculo, que é perpassado pelo reviver de sabores, cheiros, sons e imagens de tempos passados.