A Psicologia do Esporte, no Brasil, avança por caminhos alicerçados numa história bastante peculiar: ao mesmo tempo que considera o cabedal de conhecimentos e experiências internacionais, aponta para as características polifônicas nacionais. Pesquisadores com formações diferenciadas e enriquecedoras favorecem o olhar múltiplo aos fenômenos analisados, de modo a oferecer um conhecimento com matizes de adequação ao que temos, ao que somos e ao que pretendemos de nossa evolução, enquanto ciência. É com este olhar que este volume nos traz a possibilidade de atentarmos para questões relativas à avaliação e monitoramento de cargas de treinamento, aos pressupostos da teoria da autodeterminação, ao debate aberto sobre a teoria do jogo e da brincadeira, às questões de direção de negativismo e autoconfiança em cadeirantes esportistas, ao ato de cooperar e competir, além de elementos que nos permitam analisar fatores morais e de motivação no esporte. Realmente trata-se de uma obra ímpar. Digna de leitura.