Situo a pesquisa desenvolvida sobre travestis e drag queens no campo dos estudos de gênero e sexualidade, destacando sobre - maneira o lugar que a corporeidade assume no interior das narrativas, esse modo de se deixar afetar e atravessar pelos(as) sujeitos(as) da pesquisa, modo de ser com os(as) outros(as), numa lógica de tentar conhecer com. As contribuições do livro que apresento ao público apontam para uma ênfase necessária do fazer etnográfico, na medida em que este fornece os caminhos para a compreensão da construção dessas corporeidades dissidentes. Aqui a etnografia não se inscreve apenas como metodologia ou como instrumentos de pesquisa a serem mobilizados é teoria viva, a atravessar os corpos, no mesmo movimento em que somos afetados e atravessados por eles, pelas experiências daqueles que escolhemos investigar.