TERESAS DE ITAPUÃGabriela Coral Gabriela Coral conta em Teresas de Itapuã as histórias de personagens cujas trajetórias de vida foram interceptadas, tendo o limite físico assaltado suas melhores escolhas. No Hospital Colônia Itapuã, em uma comunidade isolada e dividida entre doentes e sadios, a narrativa acompanha a vida de Maria Teresa e Ana. A simbologia encontrada pela autora, que é médica hepatologista, ao tratar o convívio entre pacientes com hanseníase na década de 1950 e 1960, nos faz entender e respeitar o confinamento imposto na época, em uma separação do mundo em polos opostos.“Foram muitas as Teresas que atravessaram o pórtico do Hospital Colônia Itapuã, moraram em suas casas geminadas, frequentaram suas duas igrejas, dançaram no pavilhão de diversões ou namoraram na praça do chafariz. Esta é a história de duas delas - Maria Teresa e Ana - cozinheira, uma; estudante de direito, a outra.