Apenas nas últimas décadas a criança passou a ser compreendida como sujeito de direitos semelhante a qualquer outro cidadão, e os maus-tratos reconhecidos como um problema grave. As experiências da primeira infância que podem variar do carinho e do cuidado aos abusos e negligências são fundamentais para a construção da estrutura cognitiva e afetiva do indivíduo, sobre a qual toda sua vida social será alicerçada. Nesse contexto, a visitação domiciliar surge como importante estratégia de prevenção primária contra a violência infantil e, sobretudo, como ação capaz de promover o desenvolvimento saudável da criança. Os artigos reunidos neste livro oferecem um panorama das questões em torno do tema, que passam pelo problema da identificação dos maus-tratos, pelos obstáculos à implementação de políticas públicas efetivas e ainda pelos relatos de diversas experiências de programas de visitação.