Existem, hoje em dia, na América Latina, importantes movimentos sociopolíticos que se consagram, contra tudo e todos, a reinventar os possíveis. Baseando-se em suas próprias reportagens, o autor revela aqui a realidade viva da Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (CONAIE), dos zapatistas de Chiapas, no México, do Movimento dos Sem-Terra, no Brasil e das experiências participativas da prefeitura de Porto Alegre. Desses movimentos talvez possam emergir, no Brasil e em outros países, práticas e discursos de esquerda à altura das questões contemporâneas. Simultaneamente investigação e ensaio, este livro revela e ajuda a compreender movimentos sociais que desenham pistas promissoras de futuro, no sentido de uma renovação e de um aprofundamento da democracia política. Uma nova democracia, concebida e vivenciada em ruptura com o parlamentarismo, mas também com o olhar que a esquerda lançara, até então, sobre essa questão.