Feito flor que brota em encruzilhada tesouro das eras e viajante das sagas, nada como um livro para viajar e carregar histórias nas pontes entre o passado e o futuro. Vitor conta, e nos encanta, através de seus olhos e poros e se expressa com a mesma liberdade em uma escrita-corpo. Em pulsação de vida, seus poemas são como portas e janelas que nos levam à malandragem das ruas, de mandingas e rezas, dos balanços entre o riso e a memória. Com muita satisfação, pude deslizar numa deliciosa leitura, onde seus versos versavam, também, em minha vida: senti cheiros e lembrei que beijava a mão da minha avó para pedir a benção. Em suspiros, lágrimas, risos e lembranças que, por vezes, me tiravam os olhos do texto e me via, perdido em mim. Tragado em estímulos vibrantes, entendi que o transe também compõe a leitura, suas palavras, versos e arranjos carregam um profundo poder de expansão. Faca na bainha surge no centro do redemoinho da terra vermelha cruzeiro do sul que a estrela (...)