Esta é uma obra singular. Única porque se trata de um livro doutrinário sobre essas duas formas universais de mediunidades: a inspiração e a intuição espirituais. Todos nós somos médiuns segundo essas duas modalidades de comunicação entre o nosso plano de vida e o denominado plano espiritual. Não há, assim, quem não possa ser inspirado, inspirar-se ou ser intuído pelas entidades espirituais, eis que a mediunidade é um fenômeno natural caracterizando a manifestação dos espíritos em nosso mundo. Tivemos em mente, com o atrevimento de dar à luz esta publicação, diri-girmo-nos a todos aqueles que, como nós, viveram, vivem ou viverão as perplexidades quanto à verdadeira autoria do que produzimos. É esta uma das mais angustiantes questões envolvidas nas formas de mediunidades que ora analisamos. É que, de um modo geral, as mediunidades aqui tratadas são sutis, têm um cunho eminentemente intelectivo e são manifestadas sem aquilo que, equivocadamente, pensamos ser a natureza geral do fenômeno mediúnico, ou seja, uma postura absolutamente passiva do médium e a conseqüente ação de um espírito que nos transforma em robôs com mãos, ouvidos e todos os nossos sentidos e possibilidades sensoriais e intelectivas por ele manipulados mecanicamente. Ledo engano porque, nem nos casos ditos de psicografia mecânica, o espírito comunicante se dá a tal ousadia! Esperamos assim, e nisso confiamos em nossa intuição e inspiração, que este livro, testemunho simples de nossa lida mediúnica, possa estimular os confrades e os leitores que enfrentam o dilema da verdadeira autoria do que escrevem, ou do que falam, ou pintam, ou... São tão variadas as for-mas de manifestações mediúnicas e suas combinações que só as reticências podem socorrer-nos para não omitirmos algumas delas, já que os produtos mediúnicos são infinitos