Um pequeno histórico se faz necessário. Antigamente, no Brasil, as próteses eram executadas pelos próprios dentistas em seus consultórios; muitos deles contratavam auxiliares, que aprendiam o ofício, e passavam, então, a ser denominados protéticos. A maioria desses auxiliares aprendia a confeccionar as próteses dentárias sem qualquer embasamento Científico, apenas executavam as técnicas. Uma pequena parcela desses protéticos, devido a seu espírito empreendedor - e curiosos que eram - tornou-se autodidata, pesquisadora, e muito contribuiu para o engrandecimento e reconhecimento desta profissão. Na década de 1960, o protético José Zarella, estudioso, autodidata, idealista, observando a evolução da Odontologia e, conseqüentemente, da prótese dentária, viu a necessidade de criar profissionais com formação acadêmica, e, portanto, com informações e embasamentos científicos. Juntamente com o Dr. Amin Said Yunes, começou sua luta para criar um curso de formação. Grandes foram as dificuldades e obstáculos, pois, até então, o ofício de protético não era reconhecido legalmente como profissão. Em um laboratório no Senac, São Paulo, começou a lecionar para um pequeno grupo de alunos. Com muita garra e perseverança, conseguiu finalmente que o curso Técnico em Laboratório de Prótese Dentária fosse implantado, e assim se iniciou a profissionalização no Brasil. Atualmente, existem escolas com cursos para técnicos em todos os estados do Brasil. Devemos essa conquista à luta desse admirável e valoroso profissional, Prof. José Zarella, a quem muito estimo. Aqui registro a minha singela homenagem. A profissão foi reconhecida e regulamentada oficialmente em 05 de novembro de 1979, e hoje, comemoramos essa data como sendo o dia do protético. Com a criação de muitas escolas, muitos métodos de ensino foram se desenvolvendo e se adequando às necessidades de cada região. Os professores levavam para as salas de aula seus conhecimentos e experiências profissionais, pois não existia nenhuma li