O principal objetivo deste livro foi mostrar que a Psicanálise está capacitada a colaborar nas equipes médicas de hospitais e clínicas”, diz Andréa Chiarella nas “Palavras finais” do livro que o leitor tem em mãos. O termo essencial nessa frase é colaborar. Na visão da autora, a presença do psicanalista junto aos pacientes leucêmicos – mas também dos acometidos por outros tipos de câncer, e também dos que sofrem de doenças psicossomáticas – não visa a se contrapor à do médico, à da enfermagem, do terapeuta ocupacional, do fisioterapeuta ou de qualquer outro profissional: incumbe-lhe lidar com os aspectos psíquicos do adoecimento, infelizmente ignorados (quando não abertamente negados) pela atitude predominante entre os discípulos de Hipócrates