Pedro e Nei são amigos furacõezinhos inseparáveis. Um dia, a mãe de Pedro o proíbe de brincar com Nei por causa dos fios de contas que ele usa. Nei fica bastante abalado. Conversando com a mãe e a avó, elas lhe explicam: O candomblé é uma religião linda, filho. Prega o bem e o amor à natureza. Ao tematizar o respeito a todas as formas de religiosidade por meio de uma história de amizade estremecida pelo preconceito, Minhas contas trata dessa questão urgente com uma simplicidade poética. Para dialogar com o texto de Luiz Antonio, Daniel Kondo se vale das cores e objetos do candomblé, que remetem às características de importantes orixás. As dezoito divindades que participam desta história aparecem ao final em pequenas ilustrações e textos explicativos. Para além de se posicionar em defesa da liberdade religiosa, o livro revela-se uma vibrante celebração das culturas de origem africana, tão importantes para a formação da identidade brasileira. Em edição revisada pelo autor.