Escondida atrás de uma barreira familiar, trancada em arquivos soviéticos, a história da vida torturada de Piotr Ilich Tchaikovski - um dos mais populares compositores eruditos de todos os tempos - permaneceu misteriosa por mais de um século. Como explicar sua morte em 1893, aos 53 anos, uma semana após ter regido a primeira apresentação de sua obra-prima, a sinfonia Patética? Por que ele teria bebido água contaminada, sabendo da epidemia de cólera em São Petersburgo? Por que a versão dada por sua família não soa verdadeira? Talvez porque o objetivo fosse esconder a verdade: Tchaikovski teria cometido suicídio ou sido assassinado.Encontrar o Tchaikovski oculto foi a tarefa a que se entregou Anthony Holden, que durante quatro anos vasculhou minuciosamente arquivos russos, europeus e americanos. O resultado é um novo retrato do compositor, o mais fiel deste gênio mal-aventurado, que explica sua morte como o clímax lógico para sua conturbada vida de homossexual promíscuo.