O que ficou do impulso renovador do Vaticano II, de Medellín e de tantos irmãos e irmãs na fé que acreditaram na renovação e se esforçaram para concretizá-la? Será que continuamos apresentando a proposta cristã de maneira unilateralmente intelectualizada e moralista? Será que ainda estamos prisioneiros de um modelo piramidal e autoritário da Igreja? Sim, há motivos numerosos para o pessimismo, quando olhamos para a realidade da Igreja atual. Todavia, um olhar mais atento da fé nos faz perceber a atuação do amor salvador de Deus no interior da ambiguidade de cada ser humano e das coletividades. E, certamente, na Igreja. O amor libertador de Deus, o Reinado de Deus está atuando no coração da história atual. De forma ainda pequena, é verdade, mas já está orientando, fortalecendo, iluminando e tornando capazes a tantos homens e mulheres de abertura ao amor, ao cuidado pelos outros e pelo mundo da natureza.