"Uma tradução de Papa Hamlet? Impossível! Como traduzir esse texto costurado por fragmentos de diálogo em dialeto berlinense, repleto de interjeições e atravessado por dezenas de citações de Hamlet, um texto que mesmo o público leitor alemão precisa ler com atenção redobrada (Moritz Baßler), até mesmo para entender o que está acontecendo, afinal, em sua trama? Difícil de acreditar que, em 1889, críticos literários se deixaram levar pela ficção de que esse desvario de linguagem seria de uma tradução do norueguês feita por um Bruno Franzius, sem desconfiar que, por detrás dos nomes de um autor inventado, Bjarne P. Holmsen, e do seu tradutor fictício, estampados na capa do livro, ocultavam-se dois jovens autores alemães vanguardistas, Arno Holz e Johannes Schlaf." Do posfácio de Helmut Galle