Um dos objetivos de inelegibilidade é proteger a probidade administrativa, que muitas vezes não é observada em razão da violação dos princípios que norteiam a administração pública, ou pela prática de atos geradores de enriquecimento ilícito ou de prejuízo ao erário ou simplesmente pela má qualidade de uma administração. A rejeição das contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas é uma das hipóteses que autorizam a decretação da inelegibilidade. Ser inelegível significa não ter capacidade eleitoral passiva, não ter condição de ser candidato, não poder ser votado. A inelegibilidade por uma rejeição de contas, tema desta obra, é um dos assuntos mais polêmicos do Direito Eleitoral e sua previsão legal cobra redobrada cautela na execução orçamentária.