Pacientes idosos representam um desafio aos hospitais com corpo de enfermagem reduzido e contenção de despesas. A diminuição do tempo de estadia, a complexidade dos regimes clínicos e as múltiplas condições de morbidez aumentam o risco de resultados adversos em pacientes idosos. Muito embora o hospital seja com freqüência um local ideal para pacientes necessitando de cuidados de alta tecnologia, o ambiente oferece risco a pessoas idosas, em especial aos idosos frágeis. O hospital já foi visto como sendo o culpado por muitos resultados adversos aos idosos (Kohn, Corrigan, & Donaldson, 2000). Pacientes idosos hospitalizados ou logo após a alta hospitalar passam com freqüência por um declínio cognitivo (geralmente delírio com uma causa latente), declínio funcional, quedas, fraturas, úlceras por pressão, incontinência urinária, impactação fecal, desidratação e infecção urinária. Além disso, a hospitalização oferece riscos aos idosos devido à exposição aos remédios, testes diagnósticos, tratamentos. As complicações resultantes desses riscos fazem com que fique mais tempo em convalescença. Para muitos idosos, a hospitalização é um evento de expectativa, o que desencadeia uma trajetória de decadência física e funcional que freqüentemente se torna permanente. As conseqüências negativas da hospitalização são notadas particularmente em idosos já debilitados: aqueles que já têm uma função com-prometida, múltiplas enfermidades crônicas, comprometimento cognitivo, regi-mes de medicação complexos. Por causa das restrições com os custos, muitos pacientes idosos estão recebendo alta muito mais cedo e ainda muito doentes, aumentando o risco de complicações depois da alta e a necessidade de read-missão ao hospital.