O presente livro baseia-se em um estudo cujo o suporte fundamental são depoimentos orais, quando trabalhadores objetivam essas vozes da cidade: linguagens e memórias orais que oportunizam, sobremaneira, reflexões acerca de uma Salvador de migrantes. Ainda que não contenham a totalidade das evidências estudadas, a fonte oral foi aquela que apresentou evidências de modo a permitir melhores avanços na interpretação histórica perseguida. São observados no livro hábitos e valores difíceis de serem surpreendidos fora da narrativa oral. Experiências históricas de trabalhadores baianos impossíveis de serem negligenciadas. Talvez um elemento perturbador na instabilidade equilibrada em salões acadêmicos, como se a palavra falada negasse a escrita e vice-versa, num simples jogo de voz x letra. Presenciamos no livro de Charles Santana, Salvador matizada pela diversidade, ainda que o ângulo privilegiado seja o de trabalhadores de roças do Recôncavo, notadamente aqueles que contribuíram através da concessão de entrevistas..