O debate sobre formas de governo constitui uma milenar tradição da teoria política, do direito público e da filosofia, que veio da Grécia antiga e passou pelo Ocidente medieval, redimensionando-se com o iluminismo europeu. O livro tenta buscar em parte um tratamento em termos de 'teologia política', e considerando por outro lado a fundamental relevância do processo de secularização, com o qual surgiram os conceitos leigos, junto com o Estado leigo e o Direito leigo. A democracia aparece como um sistema vinculado a essas realidades, que terminam por relacionar-se com as crises contemporâneas, inclusive as que afetam a questão da autoridade e da justiça.