Em sua maioria, os poemas de Casimiro de Brito constituem blocos imaginéticos, em que fundo é forma e forma é fundo, numa perfeita harmonia expressiva, sem truques, sem acrobacias de palavras, sem falsas prestidigitações. No âmbito de seu discurso aparentemente plano, Casimiro consegue esconder pérolas do seu pensamento, freqüentemente alinhavado com o sentimento ou numa estrutura pendular e ora vai, ora vem, de um pólo ao outro e muitas vezes se equilibra num processo de fusão barroca.