"A obra, que ora vem a público, é o resultado de intensos debates e discussões do grupo de estudos de direito probatório do curso de Mestrado em Direito Processual Civil da Universidade Federal do Espírito Santo, acerca de um dos temas mais instigantes do direito processual: a prova. Muitas e muitas páginas já foram escritas sobre prova. Mas ainda se pergunta por que o problema da prova no processo ainda não foi totalmente desvendado, pairando sobre o instituto uma aura mítica, como se dela despendesse o encontro da verdade. Que é prova? Qual a possível verdade a ser atingida no processo? Como lidar com essa dicotomia entre a busca incessante e inerente ao homem pela verdade e a impossibilidade de reconstruir o fato e atingir a verdade em sua inteireza? Essa dicotomia atinge não apenas o jurista, mas todo ser humano. Assim como em Hamlet, em que o personagem principal era um espectro e não um ser real, o processo jurídico tem como seu centro, muitas vezes, algo impalpável e inacessível. Desenvolvemos a epistemologia desta obra perguntando-nos, como Alberto Caeiro, Verdade, mentira, certeza, incerteza [...] qual é a ciência que tem conhecimento para isto? Os trabalhos são, em grande parte, uma tentativa de responder a essa incômoda pergunta.