É no cotidiano banal da cidade que o estranho e o absurdo podem irromper. Uma senhora passa os seus dias convivendo com estranhos pássaros que a atormentam. Uma jovem militante de esquerda visita uma desocupação no interior da Paraíba e vivencia uma estranha epifania. Um mergulho no poluído rio Tietê abre a percepção de uma suposta dimensão paralela. No limite do fantástico, e interligando os personagens de cada narrativa entre si, Na Outra Margem, o Leviatã propõe, tomando com frequência como pano de fundo alguns acontecimentos políticos, que memória, imaginação e delírio talvez sejam faces do mesmo labirinto.