Escrito na década de 1970, Teoria da vanguarda continua sendo obra central para compreender os movimentos artísticos radicais do início do século XX, sobretudo o dadaísmo e o primeiro surrealismo. Em diálogo com teóricos ligados à Escola de Frankfurt, como Lukács, Adorno e Walter Benjamin, Bürger revisita as formulações estéticas de Kant, Schiller e Hegel para propor, à luz da Teoria Crítica, uma nova leitura das vanguardas. O clássico foi além da análise de movimentos específicos e tornou-se um marco não apenas para os estudos das vanguardas, mas para a própria teoria da arte. Resultado da reflexão sobre o fracasso de Maio de 1968, o livro dedica um capítulo ao “engajamento”. Mas, se para o movimento estudantil tratava-se de um engajamento político, em relação às vanguardas poderíamos falar, talvez, em um engajamento existencial.