O Poder constituinte ensaios sobre as alternativas da modernidade é um livro escrito por Antonio Negri na segunda metade da década de 1980. Nele, o autor desenvolve dois eixos específicos e complementares para a compreensão filosófica e política da atualidade: de um lado, ele investiga as razões políticas e sociais da derrocada dos movimentos populares nos anos 1970 (hegemonia neo-liberal), e, por outro, ele aborda seus desdobramentos propriamente filosóficos. O livro busca, ligeiramente ao modo de Nietzsche, traçar a genealogia da noção de poder constituinte, e representa, com efeito, o ponto de chegada e confluência de pesquisas extremamente abrangentes. É também o ponto de partida para outros trabalhos de elaboração teórica, especialmente em colaboração com Michael Hardt, como em O Império, para o entendimento da globalização como fenômeno político (Seattle, Genova, por exemplo) e para a crítica da filosofia política da pós-modernidade. Neste sentido, O Poder constituinte ensaios sobre as alternativas da modernidade representa o melhor da crítica marxista italiana da atualidade, situando-se em franco diálogo, por um lado, com o tripé clássico Maquiavel, Espinosa, Marx e, por outro, com as contribuições contemporâneas de Michel Foucault e Gilles Deleuze.