Poucos trabalhos, na literatura mundial, têm inspirado um público tão vasto em nações com línguas e culturas radicalmente diferentes como os clássicos da literatura indiana O Ramayana e O Mahabharata, dois poemas épicos escritos em sânscrito cerca de 2.500 anos atrás. Em O Ramayana, William Buck reconta a história do príncipe Rama - escrita por um poeta conhecido como Valmiki - com toda a sua nobreza de espírito, intrigas da corte, a renúncia heroica, batalhas ferozes e o triunfo do bem sobre o mal com tamanha minúcia que faz com que esse grande épico indiano seja acessível ao leitor contemporâneo sem comprometer o espírito e o lirismo do texto original. Esse é um feito realmente extraordinário, se pensarmos em seus 25.000 versos! William Buck nos traz nesta, que é considerada a melhor versão ocidental do grande épico, a essência do patrimônio cultural do povo indiano, com os seus mitos, sua religião e sua cultura milenares. Na fabulosa interpretação deste clássico da literatura universal, Buck nos faz encontrar o mesmo temor respeitoso da Criação Divina, o mesmo assombro e a mesma fé na inter-relação de eventos naturais e sobrenaturais que fascinaram milhões de pessoas por mais de 2.000 anos.