Diz-nos a autora: "A origem dos textos é sempre pessoal, mas é tão egoísta que pode se identificar com cada um. Carência quer dizer vazio. Mas um vazio ambicioso. Abandonado e magoado, também fica cheio de esperança contando os sonhos. Carente porque também é uma fantasia. Também é desejo. Com tesão. Não pode ser confundido nunca com frustrado. Sou Lídia, tenho 34 anos, não lembro o nome do meu primeiro poema, escrevo há muito tempo. Desde pequena, minha mãe me recitava Ricardo Reis enquanto contava sobre o meu nome. Esse diário carrega várias influências, são poemas novos, sem rima e sem métrica"