Escritora, blogueira, formadora de opinião com milhares de seguidores nas redes sociais, a paulista Aline Valek faz sua estreia no romance com o surpreendente As águas-vivas não sabem de si. Mistura de suspense e ficção científica, o livro é um mergulho nas profundezas do oceano e um convite a suspender o fôlego e a ouvir o silêncio. Com uma narrativa fluida e sensível, a autora literalmente mergulha nos dramas vividos pela protagonista, que faz parte de uma equipe liderada por um cientista obcecado pela ideia de encontrar inteligência no fundo do oceano, retratando com intensidade sentimentos e sensações como medo, solidão e claustrofobia, mas também uma enorme paixão pelo desconhecido e pelos segredos do fundo do mar, que só fala àqueles que sabem ouvir. Um paralelo subaquático perfeito para Gravidade, o premiado filme de Alfonso Cuarón. Corina sempre se entendeu melhor dentro d’água. Aprendeu apneia, para permanecer bem quietinha enquanto peixes e outras formas de vida submarina circulassem ao seu redor. Com o passar dos anos, não conseguiu imaginar para si nenhum trabalho longe do fundo do mar. Foi por isso que aceitou rapidamente o convite de um antigo colega para integrar uma equipe que pesquisa os arredores de uma zona hidrotermal. No período de confinamento, cada um dos cinco membros do heterogêneo grupo parece isolar-se não apenas nas profundezas do oceano, mas em suas histórias, experiências e problemas. Cada mergulho nos recantos desconhecidos do mar profundo é uma aventura, durante a qual os cinco pesquisadores não sabem exatamente o que irão encontrar. Ao mesmo tempo que testam os trajes, Corina e outra pesquisadora instalam sondas que captam sons a serem usados nas pesquisas de Davenport. O que querem dizer os sons coletados? Com quem querem se comunicar? Existe algo a mais?, pergunta-se o pesquisador, mas sem revelar aos demais o que o levou a iniciar a pesquisa.