A produção do espaço constitui um elemento central da problemática do mundo contemporâneo, tanto do ponto de vista da realização do processo de acumulação capitalista - e, por consequência, de justificativa das ações do Estado em direção à criação dos fundamentos da reprodução - quanto do ângulo da (re)produção da vida, que se realiza em espaços-tempos delimitados reais e concretos. As práticas de resistência precisam ser pensadas com o recurso à construção de um olhar teórico visceral e dialeticamente articulado, precisamente, com a práxis, em um movimento que revele o sentido e o fundamento dos conflitos que se estabelecem hoje, em torno do espaço, como luta pelo "direito à cidade". Os capítulos nele reunidos trazem e desenvolvem abordagens que se propõem a oferecer algum esclarecimento do tema. Correspondem a 11 olhares sobre a mesma temática, diversidade que emana tanto do fato de que seus recortes analíticos são múltiplos quanto da circunstância de que as perspectivas teórico-conceituais adotadas pelos autores são diversas, ainda que não necessariamente divergentes.