A reconstrução da história por meio dos chefes da editora em um ensaio sobre transnacionalidade e empreendedorismo étnico, por ocasião de um congresso internacional no Csic de Madri em novembro de 2009, fez com que eu descobrisse as pistas de outras histórias relacionadas à editorial Abril e perfis de novos personagens. E o antifascismo e o antiperonismo de muitos dos colaboradores, como o sociólogo Gino Germani e o organizador cultural Boris Spivacow, levaram-me a explorar mais detalhadamente os primeiros anos de vida da editora. [...] Decidi então tentar reconstruir não mais apenas uma história de revistas femininas ou infantis, mas a história completa de uma editora cuja sorte está indissoluvelmente ligada à turbulenta história argentina, desde o peronismo à ascensão do general Jorge Rafael Videla com o golpe de 24 de março de 1976. Uma história que muitas vezes se entrelaçou com a italiana, confirmando a ligação entre os dois países.