A sabedoria milenar do antigo Egito encontra-se, muitas vezes, soterrada pelas "areias" de interpretações fragmentárias e reducionistas feitas pela egiptologia ortodoxa. Entretanto, tal sabedoria insiste em se afirmar através da magnificência dos vestígios que ela nos deixou, os quais estão a reclamar uma nova contemplação sintética do mundo visível e invisível, que concilie razão e intuição, tradição e história, de modo que possamos apreender o espírito dessa monumental civilização. Essa civilização, que nos deixou tantos testemunhos arquitetônicos e artísticos grandiosos, evoca no inconsciente do ser humano moderno respeito e admiração e fica, na maioria de nós, a impressão da existência de um Egito mais profundo, em grande parte imperceptível para os nossos sentidos. Este Egito invisível desvela-se somente para o coração, a sede da alma-consciência. [...]