Um dos grandes representantes contemporâneos do personalismo cristão, Alfonso López Quintás defende que os valores éticos são cultivados no ambiente do diálogo e do encontro. Aplicando a sua proposta aos temas próprios de nosso tempo, veremos que ela não só é compatível com o clamor à tolerância mas ainda lhe proporciona sólidos fundamentos filosóficos: é preciso ser tolerante, não porque os valores sejam relativos, mas porque eles são relacionais. Disto é que trata o primeiro capítulo do livro. Mas, então, um problema surge: a tolerância não nos torna vulneráveis às distorções violentas do diálogo? Os onze demais capítulos lidam precisamente com a manipulação, investigando em que ela consiste, quem a exercita, por quais meios e com que fins é que o fazem e como, sem deixar de ser tolerantes, poderemos combatê-la.