A Globo Marcas e a Editora Globo relançam, em formato de romance, Selva de Pedra, de Janete Clair, um dos mais marcantes teledramas da história das novelas da TV Globo. Escrita em 1972, por Janete Clair, a novela foi novamente levada ao ar em 1986, confirmando o interesse do público pela elaborada trama imaginada por sua autora. Agora, ela ressurge em outro formato, romanceada 35 anos depois por Mauro Alencar, especialista em telenovelas no Brasil. O sucesso de Selva de pedra se deve a muitos fatores. Dentre eles, o registro de uma época importante para o Brasil e a construção de personagens que marcaram profundamente o público. Cristiano Vilhena (Francisco Cuoco) cresceu à sombra dos limites impostos pela religião exercida pelo seu pai, Sebastião (Mário Lago). Porém, sua ambição e sua revolta buscavam coisas que o fanatismo de Sebastião impedia. A morte de um rapaz, com quem Cristiano estava discutindo, força-o a fugir para o Rio de Janeiro. Fuga esta que o faz tomar contato com seu tio, o poderoso Aristides Vilhena (Gilberto Marinho), que oferece ao pobre rapaz do interior a possibilidade de galgar os primeiros degraus de uma difícil e vertiginosa escalada. A partir deste momento, sua ascensão será permeada por duas belas e interessantes mulheres, a escultora Simone Marques (Regina Duarte) e Fernanda (Dina Sfat), e entrelaçada a outros personagens que também buscam o lugar ao sol, como Miro (Carlos Vereza), Caio (Carlos Eduardo Dolabella) e Jorge (Edney Giovenazzi). Quanto mais se aproxima do sucesso sonhado, da realização material, menos Cristiano é humano. Passa a ser a explicação exata de uma escultura da famosa Simone Marques: "O Homem na Selva de Pedra" - um ser tortuoso, aprisionado em suas próprias paixões. Todo este jogo, entre um retrato das complexidades da personalidade do indivíduo atual e o conflito entre o ser e o ter, ganha com o livro uma nova visibilidade.