"No inverno de 1807/08, a Família Real e Corte transferiram sua capital de Lisboa para o Rio de Janeiro. Nos anos que se seguiram a Capela Real se foi restabelecendo, conforme orientações do próprio Príncipe Regente, que insistiu numa instituição da mais elevada qualidade e muito especialmente na contratação de castrati, numa época em que estes estavam desaparecendo na Europa. O virtuosismo destes teve um impacto dramático na música composta sobretudo por Marcos Portugal e José Maurício Nunes Garcia, assim como na prática vocal carioca quer na Capela Real, quer fora. Em Castrati e outros virtuoses, Alberto Pacheco descreve e explica esta transformação, apresentando-nos igualmente os muitos protagonistas, através dos quais este processo se realizou. Um texto da maior importância para aqueles que queiram conhecer melhor o meio musical fluminense durante o período joanino, será de interesse tanto para historiadores quanto para músicos em geral." (David Cranmer)