Muitas lendas já se formaram em torno da figura histórica de Nefertiti, rainha do Egito no reinado do faraó Amenófis. Teria sido madrasta de Tutankhamon. Teria governado o Egito ao lado do marido ou até mesmo sozinha por alguns anos, após a morte dele. Teria caído em desgraça e desaparecido ou morrido subitamente por uma praga. Para além das dúvidas, o que anos de pesquisas já comprovaram é que a rainha teve papel importante na transformação do Egito em nação monoteísta. E o famoso busto exposto no Altes Museum, em Berlim, é a mais confiável evidência de sua beleza e imponência, simbolizadas pelo pescoço alto de que se orgulhava. Em 'Nefertiti', a autora parte dos fatos já estabelecidos pelos pesquisadores e arqueólogos e ousa imaginar o resto - a vida dentro do palácio e a exata extensão da influência de Nefertiti sobre Amenófis e sobre a política egípcia; a relação com a irmã Mutnodjmet, personagem que aparece nos registros históricos sempre à sombra da rainha; e os dramas humanos que geraram os fatos históricos.