Sentado na areia da praia de pernas abertas e entre castelos construídos com muito cuidado pelas suas mãos, Isaac tentava colocar entre o dedo indicador e o polegar somente um grãozinho de areia. Ao conseguir ver a unidade daquilo que se junta com outros e imediatamente se torna não somente plural, mas também infinito, percebeu mais algo estranho. O grãozinho na sua singularidade era tão levinho que nem devia ter peso algum. Mas, se um grãozinho nada pesa, por que é difícil levantá-los quando muitos deles se juntam? A partir de qual grão um monte de areia se torna pesado? Essas eram perguntas que Isaac fazia enquanto segurava aquele grão entre os dedos e o olhava com um olho aberto e o outro fechado como fazem aqueles que querem ver melhor por um buraco de uma fechadura ou através de um telescópio.