Escrito nos idos de 1916-1917, 'Canais e lagoas' representa um dos poucos registros da natureza que circundava o complexo lagunar Mundaú-Manguaba, quando a intervenção humana ainda não havia provocado mudanças significativas nesse notável ecossistema. O livro traça um roteiro preciso do quão exuberante era a mata atlântica e seus recursos hídricos à época em que foi escrito e, por isso mesmo, serve de precioso contraponto ao absurdo representado pelo processo de irresponsável ocupação do solo que cracteriza, principalmente, a zona costeira do Brasil e, particularmente, o litoral de Alagoas.