A vida é um processo de aprendizagem; a adaptação do indivíduo às mudanças cotidianas é um exercício vital à sobrevivência. Esta visão global e o intercâmbio entre o legado escolar e extra-escolar, preparam o ser humano para o convívio em comunidade. Preocupada com os caminhos do ensino atual e a formação dos estudantes, Laura Monte Serrat Barbosa realiza a obra A Psicopedagogia e o momento do aprender, que busca resgatar a função do ensino, através de métodos psicopedagógicos. Hoje, há uma procura por ensinos voltados ao exame vestibular, em detrimento do aperfeiçoamento humano. No livro, a autora explora a última vertente ao narrar sua experiência no colégio Terra Firme, que mira a conscientização e o desenvolvimento simbólico. Para Barbosa, a escola deve desenvolver individualidades que ajam positivamente no espaço coletivo. Diante disso, defende o papel do professor no estímulo à vontade do saber; ele deve entender o aprendiz em suas dificuldades, sem confundi-lo com o desvio em si. A obra também relaciona a estrutura familiar com a capacidade de desenvolver tarefas e a intelectualidade. A autora apresenta teoria e relata sua experiência no trabalho em grupo; indica como o coordenador de um grupo deve proceder para que consiga orientar as decisões dos integrantes em prol de um objetivo. Para Barbosa, neste aprendizado evidencia-se a figura do aprendiz e não a do educador, restando para o último, intervenções momentâneas para conduzir e suscitar a vontade de aprender.