Campinas, fevereiro de 1832. Um plano de insurreição foi descoberto, após dias de investigação. A história desse projeto de insurreição, que envolvia centenas de escravos e um liberto, é o tema principal deste livro. Nos capítulos que o compõem, o leitor poderá encontrar um relato minucioso da maneira pela qual os cativos pretendiam levar adiante seus intentos de liberdade e conhecer as trajetórias e experiências desses conspiradores. Ao contrário do que a historiografia costuma afirmar, a família escrava e as tradições centro-africanas tiveram um papel importante na organização da trama de 1832. Combinando análises demográficas com as técnicas da microhistória, o livro busca mostrar não apenas que parentesco e rebelião se misturavam, mas também que a cultura centro-africana continuava viva nas senzalas do Sudeste, iluminando a vida de muitos homens e mulheres trazidos do outro lado do Atlântico para serem escravos nas lavouras de cana-de-açúcar no Brasil.