Militar positivista, Cândido Mariano da Silva Rondon acreditava que o Estado tinha o dever de patrocinar um contato pacífico com os povos indígenas e defender suas terras. Adentrou-se então pelo interior do Brasil no início do século XX, sem estradas, aviões ou telefones, para integrar as comunidades mais longínquas, consolidar as fronteiras nacionais e estender as linhas de comunicação telegráfica. Entrou em contato com isoladas e arredias tribos indígenas - cujas línguas aprendeu - e, de acordo com o espírito mais progressista da época, procurou incorporá-las de forma pacífica à sociedade, impedindo seu extermínio. Seu lema reflete uma filosofia de ação e de vida: "Morrer se necessário; matar, nunca." Albert Einstein, após visitar o Brasil em 1925, propôs à Academia de Ciências da Suécia o nome de Rondon para o Prêmio Nobel da Paz, tamanha impressão lhe causara o heroísmo humanista do militar brasileiro.