Sustentando-se na pulsão entre os opostos, Charles Silva consegue alcançar o inatingível ao unir os antípodas, o amor e a transgressão. Ao equiparar o texto à forma humana, plasmando-o num anagrama erótico, transforma-o em objeto de fetiche, cabendo ao leitor observá-lo clandestinamente, assumindo o papel comovoyeur da obra e das perversidades do autor.