Escrever é fácil; difícil é reflexionar o ponderável, persuadindo sem arrogância e afetação. Ao fazê - lo, a missão eleva o espírito e se transforma em arte. Muitos escrevem; poucos criam. Élcio e Suzi D’Angelo são artistas do pensamento reflexivo. Plantam idéias com a mesma habilidade com que esgrimam críticas no cenário instigantes da polêmica. Promotores de Justiça assoberbados de tarefas inadiáveis, não se deixaram seduzir pelo sono da rotina. Indômitos porque despertos! A aventura intelectual da reflexão crítica se presta a muitos objetivos; alguns heróicos, outros inconfessáveis. Escreve se para vender, para ensinar, para confessar, para se aparecer. Escrever é ser no transitório; é estar no infinito. Élcio e Suzi escrevem para se comprometer. Neste caso, a obra é um compromisso com o Júri. A pesquisa de Élcio e Suzi não se completou para ser colocada no alto das galerias dos tratados empoeirados, mas para absorver o suor das consultas diárias e o brilho das reflexões profundas. Seria o repouso da dúvida? Não, mas o despertador das falas certezas. É ler para ser descobrir um cético incapaz de vencer os desafios da análise critica. Esta é a recompensa do intelectual sincero. Obrigado, Élcio e Suzi: o Júri agradece, a Democracia aplaude! Fábio Trad Advogado Criminalista e Professor de Direito Penal