A obra é uma importante referência para pedagogos, psicólogos, professoras/es alfabetizadores e estudiosos da linguagem que se interessam pelos processos de apropriação da escrita. Apresenta o dizer das crianças por meio uma nova modalidade de linguagem que estavam aprendendo, a linguagem escrita. As crianças, na maioria das vezes silenciadas por práticas educativas que, de modo geral, não abrem espaço para sua efetiva participação tiveram a possibilidade de se constituir como atores, como sujeitos, quando puderam realizar seus projetos discursivos por meio de uma nova e importante forma de linguagem que estavam aprendendo: a linguagem escrita. Este livro é resultado de um estudo cujo objetivo foi investigar a produção de textos de crianças de seis anos de idade matriculadas em uma turma de alfabetização de uma instituição educativa da Rede Municipal de Vila Velha/ES. A inserção da autora na escola foi marcada pelo diálogo com as crianças com o objetivo de encorajá-las a estabelecer uma interlocução com o outro por meio de uma nova modalidade de linguagem que estavam aprendendo, a linguagem escrita. Desse modo, com as condições de produção estabelecidas, ou seja, as crianças escolhiam seus interlocutores, tinham o que dizer, razões, motivos para dizer e escolhidas as estratégias para dizer, o processo de produção textual pelas crianças se efetivou e revelou uma série de elementos que dizem respeito ao processo de apropriação da linguagem escrita que serão discutidos, neste livro.