Por meio de uma análise fenomenológica dos processos de migração e repatriação dos haitianos no Caribe, a autora defende a tese de que as ações de repatriação e expulsões massivas desses migrantes apresentam-se como epifenômenos da abjeção, sentimento que está na origem do conceito de barbárie. Para a autora, a construção desse sentimento se deu a partir de um ideário elitista elaborado por acadêmicos, políticos e viajantes, carregados de preconceitos oriundos da cultura européia, que vê o ocidente como civilizado e os haitianos como bárbaros. Como pano de fundo para sua análise, a autora traça um rico panorama da história do Haiti, destacando seus principais momentos, personagens, conflitos e características culturais, logrando revelar os aspectos mais significativos da história deste povo.