O livro Onde aperta testemunha, participa. Através da condensação do poema, tenta demonstrar a grandiosidade das coisas escondidas na banalidade do cotidiano. Uma observação, um pensamento, um nome dado à dor que irrompe e em alguns momentos se mantém suspensa na página porque pede silêncio, atenção. E pela brevidade, a capacidade que elas têm de ser lugar de encontro, formulação, reformulação e mesmo torpor, revelando uma luta para dar palavra àquilo que escapa pela força dos fatos. Como testemunha, é chamado à participação, e, como participa, também narra os poemas estão atrelados ao contexto do poeta e por isso se dão com uma certa cronologia: poemas/diários porque a estética se confunde ao modo de se relacionar com o mundo algumas vezes assumem um tom de conversa com o leitor: escuta e fala se entremeando e para isso, demonstra, é preciso também humor e desenvoltura. Estes poemas também são a tentativa de compreender uma história que de tão recente, tão perto, é difícil (...)